Dia do professor: educadores falam de suas vivências e lembranças


Em homenagem ao Dia do Professor, comemorado neste domingo (15), o Grupo Diário reuniu educadores que fazem a diferença na vida de crianças, adolescentes e adultos em um programa especial do Sala de Debate.


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Nas duas edições que foram ao ar na última quarta-feira (11), na TV Diário e Rádio CDN 93,5 FM, os professores contaram suas trajetórias, relataram os sentimentos que permeiam a profissão, destacaram o papel da educação, e falaram sobre os desafios que fazem parte do dia a dia de quem está à frente da formação educacional.



Seis profissionais participaram da edição especial do Sala de Debate. O programa apresentou aos telespectadores histórias de educadores que passaram e/ou ainda estão em diferentes níveis de ensino: fundamental, médio, técnico e superior. Cada relato com suas particularidades, mas todos conectados pela busca em transformar vidas por meio da educação.


Em meio ao resgate da história, a rotina atual das salas de aula e as perspectivas sobre o futuro da profissão, os professores fortaleceram o debate da educação no programa.



Confira, a seguir, alguns momentos do Sala de Debate em homenagem aos educadores.


“Santa Maria é um grande centro educacional, que tem milhares de professores, tanto na ativa quanto aposentados. Nós, do Grupo Diário, temos muito a fazer e estamos tentando contribuir com o ensino como um todo, trazendo professores que fazem a diferença. Temos que valorizar aqueles que estão aqui, representando a categoria. É um privilégio e uma benção divina ser professor. É função do magistério transmitir o conhecimento, essa é a nossa missão.”
Carlos Costabeber, idealizador do Sala de Debate Especial Professores e diretor do Grupo Diário. Já atuou como professor de Marketing e Comunicação Social


“Transformar pessoas é o que mais gosto e procuro fazer. Penso que nosso papel é trazer para o jogo (os alunos) que estão (presentes) fisicamente, mas não estão espiritualmente. Quem faria esse papel senão o professor? Acho que é o papel do professor tentar trazer essas pessoas para o jogo para que as sementes não sejam semeadas em pedra, mas em solo fértil. Podemos melhorar muito a assertividade dessa transferência de tecnologia, conhecimento e informação.”
Enio Marchesan, professor de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)


“No seio da família, minha mãe era professora e sempre me inspirou muito para a docência. Meu pai é empresário, acabei fazendo minha formação em Administração. Então, conciliei minhas duas inspirações familiares e iniciei minha trajetória como professora em 2003. Sou apaixonada pela profissão. Muitas vezes, temos desafios e não temos o reconhecimento merecido, mas é muito significativo quando vemos a ação transformadora do professor e da educação em uma mudança de vida das pessoas. Essa é a grande aposta do professor, nunca desistimos, sempre vamos acreditar.”
Marta Von Ende, diretora do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)


“Sabemos que tem muitos desafios e demandas, mas precisamos trazer à tona a importância da área da educação. O professor é quem nos direciona e percebe nossas melhores habilidades. Hoje, atuo em uma instituição que luta muito para manter a formação de professores. Ser professor é inspirar outras pessoas. Vou muito nas escolas apresentar projetos de nanotecnologia porque acredito que essa geração precisa estar atenta às tecnologias, mas também precisa dar valor ao professor e a sala de aula.”
Solange Binotto Fagan, professora de física e vice-reitora da Universidade Franciscana (UFN)

“A paixão foi instantânea quando comecei a fazer o magistério, foi muito bonito. Nunca pensei em me aposentar, achei que essa data nunca ia chegar. Fiquei 25 anos em sala de aula, nunca quis sair, sempre trabalhei com muito prazer, faria tudo de novo, é maravilhoso. A paixão por ensinar uma criança a ler e escrever ninguém tira do professor alfabetizador.”
Nadir Pillar, professora aposentada dos anos iniciais e integrante do 2º Núcleo Cpers/Sindicato

“Entrei em 1996 na Escola João da Maia Braga e por lá fiquei 24 anos até me aposentar trabalhando em sala de aula e, depois, na direção. Sempre digo que a escola era minha segunda ou até a primeira família porque chegava às 7h, saía às 22h e assim vivi por 20 anos. É uma paixão, é uma coisa que vem de dentro mesmo. Para ser professor, tem que gostar e amar muito a profissão. Aprendemos isso no dia a dia, na prática.”
Nivia Terezinha Mariano, professora aposentada dos anos iniciais e ex-diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) João da Maia Braga


“Eu sempre brinquei, inclusive na minha infância, de professora. Eu queria ser professora. Minha mãe era uma incentivadora. Fiz a minha trajetória no ensino fundamental na época e quis passar pelo o curso normal. Já aos 18 anos comecei a atuar na educação. Fui muito feliz, porque aquilo me construiu enquanto docente. Depois, fiz pedagogia na UFSM. Quando olho para trás, vejo que temos contribuído muito para mudar o contexto social.”
Angela Marinho, pró-reitora de Extensão do Instituto Federal Farroupilha (Iffar)


“Quando estudei na Escola Técnica, um internato em Frederico Westphalen, durante três anos, me encontrei quando eu ajudava os professores _ coloquei como sonho, além de ajudar estudantes e alcançar seus potenciais, também investi em atender a comunidade e faço isso até hoje. Fiz agronomia, mestrado e licenciatura. Depois concurso. Nos motiva poder transformar a vida das pessoas, saber que contribuímos para uma nova história, que fizemos a diferença. Levo comigo que sair da ‘mesmice’, se não há como transformar a sociedade.”
Diniz Fronza, engenheiro agrônomo e professor do Colégio Politécnico da UFSM


“Minha escolha em ser professora me remete aos 6 anos de idade. No tempo, morava em São Pedro do Sul e acompanhava meu irmão na escola. Me chamou atenção ver o que ocorria na sala de aula, as brincadeiras, os colegas e a professora. Em 1990, comecei a trabalhar com alfabetização de jovens e adultos e de lá continuo até hoje. É uma modalidade encantadora. Trabalhamos com pessoas que já estiveram na escola e por alguma situação de vida, geralmente atrelada a necessidade de trabalho e ajuda no contexto familiar deixam de estudar. Quando voltam, eles têm outra leitura. Trabalhamos com quem realmente valoriza a educação.”
Lenir Keller, professora na rede municipal de ensino de Santa Maria e coordenadora das Escolas do Campo municipais


“Sempre me imaginei em escolas de criança. Quando chegou na hora de entrar para fazer pedagogia, engravidei. Decidi ficar em Cachoeira do Sul. Lá fiz Administração e sempre trabalhei em empresas voltadas à educação. Passei quatro anos em sala de aula em cursos técnicos pelo Senac. Mesmo agora estando na gestão, gosto de manter uma proximidade. Acho que o professor muda a vida das pessoas através da educação e a vida dos professores mudam ainda mais por mudar a vida das pessoas.”
Paula Machado Corrêa, diretora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac)


“Resolvi fazer engenharia e em algum momento fui escolhido pela profissão de professor. Acredito que a carreira docente é a única capaz de impactar e transformar vidas. Conseguimos impactar uma geração inteira que vem a posteriori daquela pessoa. Eu falo de acessibilidade, assistência estudantil, de tudo que fala sobre este caminho estudantil. Sempre gostei muito de conversar, socializar este conhecimento e me vi dentro da carreira docente como uma pessoa feliz e realizada.”
Tiago Marchesan, diretor do Centro de Tecnologia e professor da UFSM

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